segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Busca

Iria até o fim do planeta
escorrendo invisível nas águas
da chuva que não cessa
Para ver tua direção
e te dizer que corri o mundo
Vasculhei desertos
vales noturnos
e não vi descanso

Me jogaria sem medo no mistério
da tempestade eterna
no limbo da dúvida
para ser contigo
e te entregar...o silêncio dos olhos
pois só me tens a oferecer
o fim que nunca termina
e que tece a longa e serena distância

...e depois na fuga,
meu canto veloz planeja vazar a
noite tenebrosa do inverno
e buscar o inverso sem música
onde teu perfume
não me alcança

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