quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Infância

Em sobreplanos transparentes
De transe invisível
Eu vejo o menino que passou
Nos mantos vermelhos de antes
E manhãs de leite
Olhando a janela e o sol

Sussurro meus agradecimentos
Ao olhar do planeta
Que inverte o tempo e diz que nada
Nada jamais deixou de brilhar
E dormir de novo... e de novo

Quer dizer que eu ainda estou lá
E aqui e em todos os dias
deslizando no eterno...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Na luta!

De dentro do escuro inesperadamente
ainda voam versos
Perfumes velados do sorriso da moça
Acenando...
Eu percebo o passado no arrepio incerto
O pesadelo esquecido solta saliva

Nas galeras e nos trilhos
seguimos no ritmo
Dos tambores do dia, da noite, remando
Carnaval em avenidas cotidianas
Sorrisos e dores nos andares sem fim

Vamos dançar novamente algum dia!!
Vamos sangrar o acorde ad infinitum!
Estamos na luta!