quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Infância

Em sobreplanos transparentes
De transe invisível
Eu vejo o menino que passou
Nos mantos vermelhos de antes
E manhãs de leite
Olhando a janela e o sol

Sussurro meus agradecimentos
Ao olhar do planeta
Que inverte o tempo e diz que nada
Nada jamais deixou de brilhar
E dormir de novo... e de novo

Quer dizer que eu ainda estou lá
E aqui e em todos os dias
deslizando no eterno...

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