quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ibitipoca


Dessa vez a viagem para Ibitipoca não teve a Van e por isso a diarréia mental não marcou sua presença de modo ostensivo.
Foi o aniversário de 20 anos do Prova Oral.O lendário bar da Juçara e Bareta, de onde saiu o atual Cultural Bar.


A Eminência Parda se apresentou.



Nesse bar, algumas historinhas aconteceram no iniício da década de 90. Lembro que tinha uma cachorra, a Urana.Ela era gigantesca, uma cabeça descomunal, algo espectral. O animal dormia em cima do palco durante a semana e, muito a contragosto, se levantava do seu leito pra a gente colocar caixas de som, pedais... essas coisas. Numa daquelas noites enlouquecidas, tinha um cara adorando o som da Eminência.No intervalo, ele veio falar com o Marcelão: _Vocês tocam muito bem, mas fedem pra caramba!!!
Era o cheiro do espectro.

Teve também uma noite doida em que o Bareta dormiu dentro do freezer acordou no meio da madrugada da cor da branca de neve.




A noite de sábado, a comemoração emIbiti, foi boa, só tinha gente do bem, inclusive no domingo à tarde no Ibitilua, em que a festa parecia ter continuado.




Em subidas para Ibiti, uma tradição de parada em alguns bares e botecos de beira de estrada é seguida à risca pelos iniciados da GIDOSQUENCIPPAA (Grande Irmandade dos Que Não Conseguem Ir ao Parque Porque Agarram no Arraial)


Numa dessas, na subida, uma senhora muito simpática de leve semblante brejeiro, daquelas inholinas (nas palavras do grande filósofo-maluco-dentista-beleza Chiquinho, baixista do Zagaia) nos serviu uma aguardente com coisas boiando. Verdadeiros OFINIS (Objetos Flutuantes Não Identificados). Nestes momentos graves, não há dúvidas. Para um iniciado a regra é clara. Mande pra dentro sem fazer perguntas


Na descida, mesma parada, mesma senhora, mas aquele fio de cabelo que se iniciava no início da superfície da Água que Passarim não bebe e terminava na borda do copo, era algo novo. Um desafio.Algo a ser vencido.Uma tensão cresceu. Uma expectativa bizarra. Olhei para o cabelo, pensei de quem teria sido.Era da simpática senhora ou de sua filha mais nova, que usava aquele xampu colorido e servira a pinga logo após um banho quente? Especulações muito amplas foram tomando conta de minha mente, mas algo me puxava para a imagem, pensei naquela música sertaneja do fio de cabelo que ficou na pinga, ops, no paletó.
Resultado: "Olha moça deixa pra lá", até prum iniciado há limites!!!

Pé na estrada.