terça-feira, 30 de setembro de 2008

Para entender a crise

Na cidade sagrada do Capitalismo (Nova Iorque) algo não está cheirando muito bem. É de lá que são emitidas as ordens do deus capitalista, o tão poderoso mercado, que prometeu realizar o milagre do bem estar a todos, bastando que o deixassem em paz, já que ele mesmo se auto-regula, se socorre, se cura e espalha suas benesses àqueles que não pecarem.

Se você não entendeu ainda a tal crise americana clique
e amplie a foto aí embaixo.

Quais pecados seriam esses?

Tal deus bradava aos sete ventos que o inferno da pobreza e do subdesenvolvimento (???) estaria reservado a todos que não seguissem sua cartilha.

E todos aqueles que se preocupam com a regulamentação de suas atividades, todos os que insistem em proteger as questões sociais e democráticas (pensem democracia mesmo, não essa farsa atual); qualquer, mas qualquer mesmo, pensamento que não desse liberdade total e irrestrita a esse deus, desde os sociais democratas aos socialistas, era chamado de blasfemador e colocado na esfera do atraso, da utopia, e até do crime e da subversão.

Pois bem, tal intervenção, um pecado horroso para tal deus, é sua única salvação agora. Ele, acreditem, pede arrego, apoio pois se atolou em sua liberdade, que antes apenas atingia os infiéis, e agora se volta contra ele. Agora a Meca do Neoliberalismo precisa intervir, estatizar, salvar especuladores

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Busca

Iria até o fim do planeta
escorrendo invisível nas águas
da chuva que não cessa
Para ver tua direção
e te dizer que corri o mundo
Vasculhei desertos
vales noturnos
e não vi descanso

Me jogaria sem medo no mistério
da tempestade eterna
no limbo da dúvida
para ser contigo
e te entregar...o silêncio dos olhos
pois só me tens a oferecer
o fim que nunca termina
e que tece a longa e serena distância

...e depois na fuga,
meu canto veloz planeja vazar a
noite tenebrosa do inverno
e buscar o inverso sem música
onde teu perfume
não me alcança

Especial!




A noite de sábado no Espaço Mascarenhas foi especial. Hudson Coelho e Roger Resende, cada um com seu show, mostraram que Juiz de Fora tem uma produção musical que rivaliza com qualquer grande centro cultural como Rio ou São Paulo.

Grandes e inspiradas canções foram apresentadas e plenamente entendidas pelo bom público que esteve presente. O clima no palco era de confraternização e ao final cantamos todos juntos. Que belezura!!

Parabéns ao Dudu Costa e Kadu Mauad, que estão á frente da produção dos shows. Aguarde aqui notícias dos próximos








sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Bom final de semana!

Aumente o som!

E coloque o vídeo para tocar! Ele vai tocar você!

Matrix

Recentemente revi a trilogia Matrix buscando entender aqueles diálogos entre Neo e a Oráculo, entre Neo e o Programa que construiu a Matrix e entre Neo e aquele programa com sotaque indiano, perdido no limbo de uma estação de trem, onde não era nem Matrix nem mundo real.

Finalmente entendi algumas coisas. A simpática Oráculo explicou que podemos prever os fatos á respeito dos quais a nossa decisão já foi tomada. Quem estuda Tarot, sabe do que estou falando. E não podemos prever aqueles fatos sobre os quais não entendemos a escolha. Entendeu? Não? Vá ver o filme.

Na conversa com o hindu, Neo acha estranho o programa querer salvar sua filha já que o amor é uma emoção e portanto humana. Ele responde "Amor é uma palavra, quer dizer uma conexão com a pessoa amada", ou seja, o importante de tudo é a ligação que fazemos com as outras pessoas. A palavra... dê a que você desejar.

Ainda existem as cenas do menino Budista explicando como a colher pode ser entortada: "Não tente entortar a colher, pense que ela não existe". E ainda as discussões sobre simulacro, o que é real ou não, as ilusões da realidade...

Nada mau para um blockbuster de porradaria

Sambavesso, Hudson e Rogim




Hoje tem Sambavesso no Mezcla. Nessa foto aí em cima, uma cena da banda. O grupo faz uma mistura de samba com rock e ritmos afro-americanos, cantando músicas próprias e sambas colhidos na raiz e tratados com versões mais elétricas.
Tem Dudu Costa e Edson Leão cantando, Fabrício Nogueira no Cavaco, Lula Ricardo no Baixo, Ângelo Goulart na Bateria e Danniel Goulart na guitarra.
Amanhã tem o show de Hudson Coelho e Roger Resende, dois shows ótimos no Espaço Mascarenhas, mostrando trabalhos próprios.



Bleargh!!

Sagrada Família! Jesus, Maria, José e os três Reis Magos na Manjedoura!!! O que os anos oitenta fizeram com o Hard Rock???

O mais doido era que o Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, e que aparece na foto singelamente comendo um ossinho (que ternura) e que também era o terror da Tradição Família e Propriedade estadunidense, era um pai de família exemplar. Vai entender...

O som também não era bom. A surpresa é que ele sabia cantar e arrebanhou milhões de fãs incitando jovens americanos à rebeldia.

Sai capeta!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Star Trek



Desde criança sempre adorei ficção científica, caças espaciais, armas de raios, tecnologia etc. Uma das minhas preferidas sempre foi Star Trek, as famosas Jornadas nas Estrelas, com o Capitão Kirk, o Sr Spock etc.
Fora a ingenuidade normal dos anos 60, temos algo a destacar na série:


1 - Em meio às lutas pela emancipação feminina e os conflitos raciais que agitavam os anos 60 nos Estados Unidos, quando existia um apartheid não declarado, a tripulação da Enterprise (a nave) contava com uma mulher e negra em posto importante. Com detalhe para a revolução sexual de sua micro minissaia.

2 - Enquanto a guerra fria se acirrava e o dedo do Kennedy já dormia sobre aqueles botões vermelhos, que lançariam os mísseis do fim do mundo, um russo, o Sr. Checov também era um dos tripulantes da nave.


3 - Ao mesmo tempo em que os EUA se apregoavam os defensores da liberdade e se colocavam como salvadores do planeta, se achando no direito de intervir em países, derrubar governos, apoiar ditaduras contra o avanço do comunismo (como no Brasil), passando por cima de culturas e países, seja com tanques ou com aculturação, a Federação, da qual a Enterprise era defensora, seguia a Directiva nº 1.
Tal princípio os impedia os humanos terráqueos de se envolverem no desenvolvimento de planetas não integrados, deixando que outros povos seguissem seu caminho sem interferência e com liberdade.


4 - Num mundo que defendia o capitalismo a ferro e fogo, na série não havia dinheiro nem mercado.

5 - Seu telefone celular é de abrir? Agradeça ao comunicador do Capitão Kirk, foi inspirado nele. O primeiro celular assim tinha o nome de Star Tak, lembra?

6 - A enterprise tinha disquete de computador nos anos 60!! Termos astronômicos só hoje "popularizados" como anti-matéria e dobras espaciais (os tais buracos de minhoca) eram muito usados na série.

Enfim era uma série muito legal


Zip Zap Rap

Com vocês "Devastatin' Dave".

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Grandes Discos



A Rússia, em plena guerra fria, comunismo e tal também produzia Hits muito melhores e mais eficientes do que os EUA

Blefe

"Atira se tu é homem"
Disse a Madre Superiora pouco antes de morrer.

Desse modo, se configura o blefe.
No caso relatado, o risco era grande e não houve muito o que fazer. Isso quer dizer que o blefe funciona apenas em certos casos. Tipo assim, se o outro não é lá muito razoável, não tente blefar. Ou, se você não tem a técnica de mentir bem, prefira ser verdadeiro. Aliás, prefira ser ecologicamente verdadeiro sempre. É o único caminho.

Ministrinho, grande instrumentista do choro de JF dizia que todos os seus amiguinhos de infância jogavam pedra numa árvore do vizinho. O vizinho não gostava, mas a molecada fazia assim mesmo, menos ele. O único dia que ele tentou, a pedra voltou na sua cabeça. Algumas pessoas parecem ter uma "proteção".

Voltando. Vêm por aí alguns blefes e cartadas arriscadas, nos rounds seguintes da disputa pela prefeitura de Juiz de Fora. Até porque há uma chapa arriscando ganhar no 1º turno.

É esperar para ver

Teste do amor

Teste do Amor, muito popular na net

Descubra Quem te Ama de Verdade.

Para você saber quem te ama de verdade, faça o seguinte teste:

1 - Tranque seu cachorro e sua mulher(ou marido) no porta-malas do carro.
2 - Aguarde exatamente uma hora (uma hora mesmo, senão o teste não dá certo).
3 - Abra o porta-malas do carro.
4 - Veja quem estará feliz em te ver novamente

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Paulinho Nogueira


A "Aria para Corda Sol" de J. S. Bach está, na minha humílima opinião, entre as coisas mais belas já produzidas por um ser humano no campo da música.

Seu teor espiritualizante nos transporta para outro lugar. O tempo muda de velocidade e percebemos de novo aquela velha saudade de um lugar que nunca fomos, em que nunca estivemos.
É uma visita nobre e elegante que centra nosso sentido artístico em outra vibração. Equilibra e executa a função da arte que é a de transcendência.
Pulamos para fora do que nos é conhecido como "real" da maneira mais gratificante possível.

Na interpretação do grande Paulinho Nogueira, grande violonista professor de Toquinho entre outros, ela ganha novos, e interessantes ares. Paulinho empresta sua sensibilidade brasileira que nos é tão familiar a um obra-prima planetária. O melhor dos mundos.

Clica aí, e deixa a música te levar. Não oponha nenhuma resistência, seja por meio do que chamamos de razão ou emoção. O sentido aqui é outro.

o link é esse

A Canja


Há um certo tempo, a banda Eminência Parda foi tocar no festival de cultura de Baependi. O Guiley, baixista da banda, tinha uma Brasília. Acho que era verde.

Colocamos os instrumentos dentro e fomos felizes da vida em direção ao Sul de Minas. Chegando perto de Lima Duarte a Brasilinha quebrou irremediavelmente. Era um tal de "fundiu o motor". Fato fatal.

Paramos na cidade e o Celão nos apresentou uma moça que depois se tornou uma grande amiga. A Gessiara, que durante muito tempo geriu a pousada das Andorinhas, na subida para Ibitipoca.

Quando ela viu a banda reunida, aquele monte de músicos, perguntou se a gente não faria um som num bar de um amigo dela.

_É, a gente pode dar uma canja lá - disse o baterista, com aquela voz de Celão.

Para quem não sabe, "canja" é um termo que se usa no meio musical, quando vai rolar um improviso, uma participação num show de um amigo seu, às vezes combinada ou não, mas que sai do usual.

Muuuuuito bem.
Fomos para o bar e começamos a fazer o som. Nisso, vemos a Gessiara entrar e sair da cozinha do boteco, várias vezes, em movimento uniformemente acelerado. Lá pelas tantas ela disse:

_Tirem os copos, vou colocar a panela.

Ninguém entendeu muito bem, mas como a fome já apertava, a ordem foi seguida à risca. E lá veio a panela, grande, bonita e cheirosa. Era um panelão cheio de... Canja!!!

_Vocês não pediram a Canja? Então? Tái!!

Foi a melhor canja da qual eu participei na vida!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Grandes discos que mudaram a história do Rock


A Senhora do Lago

Nos momentos de turbulência
Observo o lago
E seu reflexo
procurando ser
somente seu espelho
e nada mais


Anseio respirar da montanha
apenas sua imagem
sua textura
quietude, majestade
seu límpido silêncio,


Tento, no frio da manhã,
fincar os pés na terra
Como quem se socorre,
Da lembrança selvagem
Dos rigores do vento

E nada mais


Nos sonhos
abro rota de fuga.
para me defender dos ataques
centrar meu espírito
esconder-me no vidro
e reunir minhas palavras
que foram esquecidas
à beira do caminho.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Diretio

E-mail enviado pelo professor Teo

Sentença judicial datada de 1833>> Histórias do nosso Brasil>> Sentença condenatória de Sergipe, de 1833, que condenou o cabra à capadura>> Eis o texto na íntegra...

O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante.Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.


CONSIDERO:
QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ella e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer; conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;QUE Manoel Duda é um sujetio perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.

CONDENO o cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. Nomeio carrasco o carcereiro. Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.>> Manoel Fernandes dos Santos, Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha (Sergipe), 15 de outubro de 1833.

Tesura Fruko y Sus Tesos



Meu Deus, olha o olhar desse cachorro. Dá até arrepio.

O cara da direita tem uma arma pendurada no pescoço

O cara da esquerda parece ter orgulho do tamanho do seu charuto

Enfim nada como um fim de semana curtindo

Tesura Fruko y Sus Tesos, nos melhores sebos

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Vai lá Boba

Vai lá Boba Produções Artísticas
apresenta


Sexta feira no Alimentar
Atrás da Catedral
no centro da cidade
A Fantástica Banda Invisível
18h



SÁBADO (20/09) - NO MEZCLA
22 H
PAMPAS GERAIS
(MPB MINEIRA E GAÚCHA)


Encontro entre a MPB gaúcha e mineira reunindo clássicos dos dois estados, autorais e textos literários. Músicas de Kleiton e Kledir, Milton Nascimento, Almôndegas, Lô Borges, Vitor Ramil, 14 Bis, Engenheiros do Hawai, Adriana Calcanhoto, Tianastácia, Wander Wildner, Godofredo Guedes e Júpiter Maçã. O grupo transita entre um amplo leque de ritmos e estilos (milonga, calango, rock, tango, bolero, samba, pop).

Fobia

Em Tocantins, terra alvissareira, de encantos mil, encontrei um um rapaz uma vez com uma cor muito estranha.

Ele me disse que era um pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, por ter trabalhado muitos anos em resgates de pessoas ameaçadas por vulcões.

Disse que era viciado em Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol e também gostava de tomar remédios que continham Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona
ou tetrabrometacresolsulfonoftaleína por causa das dores de cabeça

e, de tanto tomar dimetilaminofenildimetilpirazolona acabou contraindo uma Hipopotomonstrosesquipedaliofobia que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas.

Cruzes

Músicas para...



Momentos feliiiizeeees!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Anos 70


Eminência Parda e Juçara, pouco antes do turbilhão


Eminência in rock


Velotrol, note que o vocalista também tem uma guitarra

Maria Rock

Os anos setenta estiveram presentes em Ibiti. Pelo menos no repertório das três bandas que se apresentaram.

É incrível como essa época é parte do nosso dia-a-dia e como achamos velho um videoclip da década de oitenta, com aqueles penteados, topetes, sintetizadores de baixa qualidade, baterias eletrônicas jurássicas e estética de videoclip-historinha.

NOs oitenta, havia um quê de pretensa modernidade em tudo. Como se o futuro houvesse chegado. Tecnologicamente, os amplificadores de guitarra haviam trocado as válvulas pelo transistor. E os pedais (equipamento de guitarra) de efeito individuais analógicos eram substituídos por pedaleiras com trocentos efeitos numa unidade digital.
O som caiu de qualidade, já que era uma tecnologia incipiente, mas era moderno prá época.

Hoje vemos um som, visual e estética anos setenta e achamos supimpa. Led Zeppelin, Tim Maia Racional, psicodelia, riponguices são parte do dia-a-dia das festas roquenrol. Influenciam até mesmo as raves.

E os guitarristas gastam uma grana tentando comprar amplificadores valvulados e caras reedições de antigos pedais analógicos, construídos originalmente nos anos... um doce para quem acertar.

O visual do público em geral e da Garota Presley Chimboquinha e de sua trupe, que invadiram o Bar do Firma (outro reduto 70), num intervalo daquela noite fatídica do rock na serra, estão com os setenta e não abrem.


Não quero detonar os oitenta. Eu vim de lá. Era adolescente quando a Legião tinha seu primeiro disco executado em Rádios AM e amo até hoje. O que estou querendo dizer é de um estranhamento estético em timbres e roupas da época. Uma das vantagens dos oitenta em relação aos nossos tempos é que os poetas do rock estavam em voga.

Quim Barreiros



Depois do Kiss ter copiado a maquiagem do Secos e Molhados e do Rod Stewart ter plagiado uma música do Jorge Ben, o Quim Barreiros parece ter sido copiado pelos Red Hot Chilli Peppers que também gostavam de se apresentar sem roupas. Esse disco "Recebi um Convite (à Casa da Joaquina)" pode ter sido um clássico da sanfona, mas não posso confirmar já que me é desconhecido.

No entanto, dá para ver que a capa é bastante expressiva já que passa a mensagem que ele iria tocar na casa da Joaquina com claras intensões digamos explícitas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ibitipoca Rock!


Alguns detalhes do Ibitipoca Rock

Uma menina muito respeitosa, recatada e de bons modos deu um pulo e caiu com os dois pés na jaca. Foi eleita Garota Chimboquinha, em alusão à famosa aguardente.

Um fenômeno muito comum em shows em Ibitipoca ocorreu novamente. Assim como no Ibitiblues e no famoso show da Eminência Parda ao ar livre na década de 90 (com com cinco graus negativos - um dia eu conto essa história), após um certo tempo de festa, o terreno irregular do Camping Ibitilua foi palco do espetáculo da derrama. As pessoas, depois de umas e outras, se esqueciam que estavam em lugar íngreme e irregular e os tombos se sucederam. A tal garota chimboquinha foi campeã da modalidade.

As três bandas fizeram shows muito energéticos e performáticos. Destaque para o vocalista Edson Leão (Eminência Parda) e Elvis Krause (Velotrol) e sua guitarra imaginária.

Iluminação profissional de Eduardo Branco deu show à parte.
Cenário inconfundível e maravilhoso de Valéria Faria!

Muita gente boa junta...

A noite acabou às nove da manhã.

Fotos Toninho Carvalho e Gíglia Ferrari




























segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Em breve

O Ibitipoca Rock foi alucinante!

Dessas noites enlouquecidas, que passam na velocidade da luz.

Três bandas legais, mais de quinhentas pessoas, sem nenhum incidente, só festa e muita gente bonita.

Em breve fotos aqui (né Bareta?)

Grandes Discos































Música para momentos de prazer...e uma flecha cravada no coração...se não for a do cupido, chama o psiquiatra

Luto


Amiguinhos, este blog está de luto.


O grande Tecladista do Pink Floyd, Richard Wright, faleceu nesta segunda aos 65, após “breve batalha contra o câncer”, informou família do músico. De acordo com informações da BBC, o músico de 65 anos estava com câncer em parte do corpo não divulgada por médicos ou pela família do músico.


Com ele se vai uma parte de uma das maiores e mais influentes bandas de todos os tempos. A psicodelia do Pink Floyd e suas melodias incríveis influenciaram e continuam influenciando músicos em todo o planeta.


Rick é compositor de por exemplo "A Great Gig in the Sky", em que as backing vocals da banda se revezam fazendo vocais sem letra.Para quem não se lembra é a música que vem depois de "Time", no "A Dark Side of the Moon"


Enfim, lá no céu deve ter um piano à sua espera.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Inté

Amiguinho do blog
Atualização só segunda
e um beijo na testa

Músicas para...

Caro leitor desse humííílimo blog, das coisas mais psicodélicas que já vi na minha vida o olhar dessa modelo ganha de longe.

Isso não é brincadeira, o nome desse disco é "Música para Orgias". É de dar comichão a curiosidade que tenho de ouvir a maluquice do som que deve sair dessa bolacha.

Senhoras e senhores! É isso mesmo! "Música para Orgias". (!!!!)

Esse disco veio de uma série muito vendida que começou com "Músicas para Assassinatos", "Músicas para Banheiro nº 1" e "Músicas para Banheiro nº 2, que variavam nos ritmos de acordo com o propósito pelo qual você entrava no banheiro. Tinha também "Músicas para Homeopatas e psicopatas" (!!!!????) e "Músicas para Sessão de Exorcismos", que parece ter sido o único fracasso nas vendas.

Armadilha

O tamanho de uma menina
cresce em meus sonhos...

Vedando o sol como flechas persas,
ela agiganta-se nos escombros
da manhã que se tornou escuridão.

Tem o ar das belezas elísias
e traz o corte do abandono
o movimento da madrugada insone
Todas as flores e sombras
de todas as dores que já se foram

O tamanho de uma menina,
que salga meus olhos cansados,
se disfarça no meio das ondas
cresce no silêncio da bruma
e faz dessa armadilha
meu canto

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Prova Oral


Em Ibitipoca, neste sábado, acontece mais um aniversário do Prova Oral e também do Cultural Bar, seu descendente direto.

A banda Eminência Parda vai se apresentar ao lado das bandas Maria Rock e Velotrol. A noite, de lua cheia, promete. Ainda mais num lugar chamado Ibitilua, bem no meio do arraial e com um local ótimo para platéias, ou seja, mais alto que o palco. Todo mundo consegue ver e se divertir.

O Prova Oral era um reduto maluco beleza na Juiz de Fora dos anos noventa. Foi lá que a Eminência mostrou mais ostensivamente sua mistura de rock e MPB, coisa pouco utilizada na época em JF, e que depois se espalhou no meio artístico.

As noites eram alucinantes e ainda começavam bem mais cedo. Quer dizer, a balada era esportiva! Tinha que ter porte físico...às vezes a festa começava na sexta cultural da Faculdade de Comunicação, por volta das cinco da tarde e emendava lá - doze horas na luta!

Havia noites em que a lotação se esgotava com cento e poucas pessoas e o bar, que não tinha lá muita estrutura de engenharia, literalmente balançava sobre a estrutura de madeira.

Nada como viver perigosamente

Prova Oral 2

Durante toda a semana, o palco do Prova Oral era ocupado por uma cachorra enorme, descomunal, um espectro com nome mitológico: "Urana". Ela dormia por lá e a gente chegava na sexta à noite para montar o som e encontrava a bitela esparramada naquele carpete. Tínhamos que chamar a Jussara para tirar o dinossauro...

Mas algo dela ficava ainda...era aquele perfume de cachorro grande que não toma banho... tem gente que chama de murrinha, mas esse nome é muito feio.

Numa dessas noites, o som fluindo, o rock rolando, havia um cara que realmente estava curtindo o som. No intervalo, ele veio:
"Bicho o som é muito bom, mandam bem, mas vocês fedem prá caramba!"

Então tá bão, o importante é ter saúde.

Capa 2

Da série "grandes discos"

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ego

Vídeo interessante.

Acho difícil para todos nós, depois de grande passo evolutivo em que o ego foi criado - quando centramos nossa individualidade macacônica - darmos o segundo passo e trancendermos nossa visão unilateral e egocêntrica, em prol do outro, do próximo ou mesmo de nossa coletividade, numa sociedade igualitária, fraterna e libertária.

A maioria das religiões e algumas ideologias políticas apontam para essa necessidade. Sairmos do ego ismo e vencermos essa etapa evolutiva começando por nos entender, como indivíduos integrados, em direção à compaixão, nos colocando no lugar do "outro" e procurando entendê-lo, antes de condená-lo. Difícil né?

Mas essa luta é necessária e diz respeito à nossa inteligência e nosso coração.

Politicamente é possível fazer isso

Religiosamente é possível fazer isso

Um monge tibetano isolado em seu mosteiro já faz isso.

É preciso que façamos mais.

Capas


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Menor Bolado


Em frente ao meu prédio existe uma garagem que nos finais de semana se transforma em um boteco. Por causa de uma pixação no muro ao lado, costumo chamar o local de "Menor Bolado".

Eram 10h da manhã do domingo passado, quando uma dupla que canta ao som de um teclado, com aquelas baterias eletrônicas no fundo, começou a cantoria.

Já houve dias de eles ficarem cantando durante doze horas seguidas!! Com alguns intervalinhos.
Às vezes você está vendo um filme, num domingo, debaixo das cobertas, em que a cena é tocante e o silêncio faz parte do momento.
O personagem está na índia, tem que decidir se fica no ônibus que o levaria embora para achar sua mãe que é maluca, ou se deixa de embarcar para participar do funeral do menino que não pode ser salvo por ele mesmo na cena anterior. O momento explora a humanidade em seu sentimento mais nobre e solidário. Mas ao fundo, invencível, uma voz se esforça em alcançar uma nota bem alta:
Entre taaapas e beeeeeijos é óóóódio é deseeeejo é paixão é loucuuuuura".

Nesse dia em especial, eu havia chegado bem tarde no sábado. Digamos que o sol já brilhava, quando fui deitar. Digamos também que aquela música sertaneja, tocada com execução um tanto suspeita, parecia estar dentro do meu quarto e o meu acordar não foi lá uma experiência das mais gratificantes.

Só me restou aceitar a realidade. Aliás, certas realidades só servem para isso mesmo, servirem de teste para sua paciência e desapego. Mas eis que, no meio da tarde, um intervalinho se fez e nossos heróis colocaram uma música de fundo quase tão alta quanto:

"Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração.

Toda vez que o adulto balança ele vem pra me dar à mão.

Há um passado no meu presente, o sol bem quente lá no meu quintal

Toda vez que a bruxa me assombra o menino me dá a mão. "

Enfim, o mundo ainda tem jeito

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Canto de Guerra

Para viver nos dias
que se arrastam sem você
Eu planto
no solo calcinado do meu coração
As flores vermelhas da resistência

O canto de guerra,
Que antes nunca imaginei
Ressoa
no pranto isolado de cada manhã
anuncia sem trégua a batalha intensa.

Às vezes tudo paralisa
O tempo escorre mais uma vez
Mas o fogo fátuo
Que segue ardendo meu chão
Não dá descanso para me retirar da tua ausência

domingo, 7 de setembro de 2008

Fótons

























Há tempos tenho uma teoria do porque amamos tanto a fotografia. Acho que ficamos fascinados (sem fascismo por favor) por causa da nossa impotência frente ao tempo.
O tempo, que dizem ser a quarta dimensão, nos carrega pra cima e pra baixo, nos atropela, nos abandona, nos é escasso e sobretudo nos fere e nos cura.

Aquela pessoa que se foi está em algum lugar no tempo. Se pudéssemos caminhar sobre ele. Iríamos até ela e talvez fizéssemos diferente, consertando erros, corrigindo rotas, numa nova chance. Tentaríamos utilizar o que alguns cientistas chamam de caminho alternativo e escolher talvez melhores felicidades.

No entanto essa possibilidade nos é vedada. Caminhamos para frente e a única forma de consertar as coisas é talvez começar de novo. Um novo início.

Aí é que entra a tal da fotografia. Ela é uma tentativa ainda que débil e ilusória de congelar o momento, o segundo. Paralisar aquela energia. Fixar o que não é fixável. Prender o que não se pode.
Olhamos para nossa impotência e esboçamos um sorriso.