terça-feira, 16 de junho de 2009

As Torres

Plácidas
e espelhadas
em meu coração,
tuas palavras
escorrem
num vasto
campo vazio

És canteiro manso
de minhas flores,
onde ecoam
vitrais milenares
de minhas vidas
mais densas
mais escuras

Assim observo
a velha igreja
e teus fantasmas
cheios de latim
teus corredores soturnos
que dão vida ao fim