quarta-feira, 20 de abril de 2011

O que não mata...

Professo meu amor por ti
No avesso das flores da dor
Já que de certo
tenho apenas as cores
do gelo em que tanto me negas

Meus versos escorrem-se assim
Como sangue no forte calor
E meus cortes
Caminhos percorrem
Nas tempestades e sonhos que me levam

Tácito e pacífico
meu oceano me socorre

terça-feira, 1 de março de 2011

Malvado

Nâo existe poesia na tristeza
criada pelos nossos pés
tipo quando pisamos no peito e
rasgamos as flores e
cortamos na carne daqueles que amamos
...
Nâo há poesia no tempo, no vento, no invisível
só areia fissurando a pele sem descanso
Um arrependimento malvado

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Limbo


No limbo das flores gigantes
Labirinto de bocas e olhares
No azul cintilante da moça
Eu peço paz e quero fugir
Vazar pelo vidro e seguir na luz
Velocímetros e revolução
Quase vencendo a dimensão
Do tempo e das ilusões

A fúria do oceano me escurece
Preciso urgente do mergulho







Monet

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Portas de aço

Lá estou eu olhando as portas de aço
Descendo em trilhos barulhentos da venda
É como um véu, um outro portal
um brilho intenso e pronto

é neste silêncio no sertão
nos paralelepípedos que refletem
e rimam as canções das luzes amarelas em postes de ferro
que a estrada convida
ainda assim não posso ir

estou no vidro
Meus olhos estão na prateleira
Os copos tem poeira
A roça é logo ali

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Infância

Em sobreplanos transparentes
De transe invisível
Eu vejo o menino que passou
Nos mantos vermelhos de antes
E manhãs de leite
Olhando a janela e o sol

Sussurro meus agradecimentos
Ao olhar do planeta
Que inverte o tempo e diz que nada
Nada jamais deixou de brilhar
E dormir de novo... e de novo

Quer dizer que eu ainda estou lá
E aqui e em todos os dias
deslizando no eterno...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Na luta!

De dentro do escuro inesperadamente
ainda voam versos
Perfumes velados do sorriso da moça
Acenando...
Eu percebo o passado no arrepio incerto
O pesadelo esquecido solta saliva

Nas galeras e nos trilhos
seguimos no ritmo
Dos tambores do dia, da noite, remando
Carnaval em avenidas cotidianas
Sorrisos e dores nos andares sem fim

Vamos dançar novamente algum dia!!
Vamos sangrar o acorde ad infinitum!
Estamos na luta!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pepeu Gomes


Grande show de Pepeu Gomes no Cultural. Ele é um tipo de guitarrista que se coloca no nível de satrianis e steve vais da vida, com uma vantagem. É brasileiro, baiano. Suas frases e sua rítmica o deixam mais interessante do que os virtuoses da guitarra que vêm da Inglaterra ou dos esteites. Seu show no Cultural Bar foi uma aula de guitarra.

Homi é um monstro e comanda uma banda cheia de grandes músicos. É para encher os olhos...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Obrigadoooooooo!


Obrigado a todos que contribuíram para o Fantástico Natal Invisível, desde a Valéria Mummy que fez a arte, ao Eduardo e sua equipe caipirense, ao público que compareceu e criou astral lindíssimo e principalmente aos músicos que além de tocarem, pagaram o couvert também.
A todos meus amigos que colaboraram, nas fotos, o resultado de nossa festa!!!
Foram 335 quilos de arroz e 400 quilos de açúcar. Divididos assim pela necessidade de completar as sextas da FEAK.