terça-feira, 30 de setembro de 2008
Para entender a crise
Se você não entendeu ainda a tal crise americana clique
e amplie a foto aí embaixo.
Quais pecados seriam esses?
Tal deus bradava aos sete ventos que o inferno da pobreza e do subdesenvolvimento (???) estaria reservado a todos que não seguissem sua cartilha.
E todos aqueles que se preocupam com a regulamentação de suas atividades, todos os que insistem em proteger as questões sociais e democráticas (pensem democracia mesmo, não essa farsa atual); qualquer, mas qualquer mesmo, pensamento que não desse liberdade total e irrestrita a esse deus, desde os sociais democratas aos socialistas, era chamado de blasfemador e colocado na esfera do atraso, da utopia, e até do crime e da subversão.
Pois bem, tal intervenção, um pecado horroso para tal deus, é sua única salvação agora. Ele, acreditem, pede arrego, apoio pois se atolou em sua liberdade, que antes apenas atingia os infiéis, e agora se volta contra ele. Agora a Meca do Neoliberalismo precisa intervir, estatizar, salvar especuladores
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Busca
escorrendo invisível nas águas
da chuva que não cessa
Para ver tua direção
e te dizer que corri o mundo
Vasculhei desertos
vales noturnos
e não vi descanso
Me jogaria sem medo no mistério
da tempestade eterna
no limbo da dúvida
para ser contigo
e te entregar...o silêncio dos olhos
pois só me tens a oferecer
o fim que nunca termina
e que tece a longa e serena distância
...e depois na fuga,
meu canto veloz planeja vazar a
noite tenebrosa do inverno
e buscar o inverso sem música
onde teu perfume
não me alcança
Especial!
Grandes e inspiradas canções foram apresentadas e plenamente entendidas pelo bom público que esteve presente. O clima no palco era de confraternização e ao final cantamos todos juntos. Que belezura!!
Parabéns ao Dudu Costa e Kadu Mauad, que estão á frente da produção dos shows. Aguarde aqui notícias dos próximos
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Matrix
Finalmente entendi algumas coisas. A simpática Oráculo explicou que podemos prever os fatos á respeito dos quais a nossa decisão já foi tomada. Quem estuda Tarot, sabe do que estou falando. E não podemos prever aqueles fatos sobre os quais não entendemos a escolha. Entendeu? Não? Vá ver o filme.
Na conversa com o hindu, Neo acha estranho o programa querer salvar sua filha já que o amor é uma emoção e portanto humana. Ele responde "Amor é uma palavra, quer dizer uma conexão com a pessoa amada", ou seja, o importante de tudo é a ligação que fazemos com as outras pessoas. A palavra... dê a que você desejar.
Ainda existem as cenas do menino Budista explicando como a colher pode ser entortada: "Não tente entortar a colher, pense que ela não existe". E ainda as discussões sobre simulacro, o que é real ou não, as ilusões da realidade...
Nada mau para um blockbuster de porradaria
Sambavesso, Hudson e Rogim
Bleargh!!
O mais doido era que o Dee Snider, vocalista do Twisted Sister, e que aparece na foto singelamente comendo um ossinho (que ternura) e que também era o terror da Tradição Família e Propriedade estadunidense, era um pai de família exemplar. Vai entender...
O som também não era bom. A surpresa é que ele sabia cantar e arrebanhou milhões de fãs incitando jovens americanos à rebeldia.
Sai capeta!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Star Trek
1 - Em meio às lutas pela emancipação feminina e os conflitos raciais que agitavam os anos 60 nos Estados Unidos, quando existia um apartheid não declarado, a tripulação da Enterprise (a nave) contava com uma mulher e negra em posto importante. Com detalhe para a revolução sexual de sua micro minissaia.
2 - Enquanto a guerra fria se acirrava e o dedo do Kennedy já dormia sobre aqueles botões vermelhos, que lançariam os mísseis do fim do mundo, um russo, o Sr. Checov também era um dos tripulantes da nave.
3 - Ao mesmo tempo em que os EUA se apregoavam os defensores da liberdade e se colocavam como salvadores do planeta, se achando no direito de intervir em países, derrubar governos, apoiar ditaduras contra o avanço do comunismo (como no Brasil), passando por cima de culturas e países, seja com tanques ou com aculturação, a Federação, da qual a Enterprise era defensora, seguia a Directiva nº 1.
4 - Num mundo que defendia o capitalismo a ferro e fogo, na série não havia dinheiro nem mercado.
6 - A enterprise tinha disquete de computador nos anos 60!! Termos astronômicos só hoje "popularizados" como anti-matéria e dobras espaciais (os tais buracos de minhoca) eram muito usados na série.
Enfim era uma série muito legal
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Grandes Discos
Blefe
Disse a Madre Superiora pouco antes de morrer.
Desse modo, se configura o blefe.
No caso relatado, o risco era grande e não houve muito o que fazer. Isso quer dizer que o blefe funciona apenas em certos casos. Tipo assim, se o outro não é lá muito razoável, não tente blefar. Ou, se você não tem a técnica de mentir bem, prefira ser verdadeiro. Aliás, prefira ser ecologicamente verdadeiro sempre. É o único caminho.
Ministrinho, grande instrumentista do choro de JF dizia que todos os seus amiguinhos de infância jogavam pedra numa árvore do vizinho. O vizinho não gostava, mas a molecada fazia assim mesmo, menos ele. O único dia que ele tentou, a pedra voltou na sua cabeça. Algumas pessoas parecem ter uma "proteção".
Voltando. Vêm por aí alguns blefes e cartadas arriscadas, nos rounds seguintes da disputa pela prefeitura de Juiz de Fora. Até porque há uma chapa arriscando ganhar no 1º turno.
É esperar para ver
Teste do amor
Descubra Quem te Ama de Verdade.
Para você saber quem te ama de verdade, faça o seguinte teste:
1 - Tranque seu cachorro e sua mulher(ou marido) no porta-malas do carro.
2 - Aguarde exatamente uma hora (uma hora mesmo, senão o teste não dá certo).
3 - Abra o porta-malas do carro.
4 - Veja quem estará feliz em te ver novamente
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Paulinho Nogueira
A Canja
Colocamos os instrumentos dentro e fomos felizes da vida em direção ao Sul de Minas. Chegando perto de Lima Duarte a Brasilinha quebrou irremediavelmente. Era um tal de "fundiu o motor". Fato fatal.
Paramos na cidade e o Celão nos apresentou uma moça que depois se tornou uma grande amiga. A Gessiara, que durante muito tempo geriu a pousada das Andorinhas, na subida para Ibitipoca.
Quando ela viu a banda reunida, aquele monte de músicos, perguntou se a gente não faria um som num bar de um amigo dela.
_É, a gente pode dar uma canja lá - disse o baterista, com aquela voz de Celão.
Para quem não sabe, "canja" é um termo que se usa no meio musical, quando vai rolar um improviso, uma participação num show de um amigo seu, às vezes combinada ou não, mas que sai do usual.
Muuuuuito bem.
_Tirem os copos, vou colocar a panela.
Ninguém entendeu muito bem, mas como a fome já apertava, a ordem foi seguida à risca. E lá veio a panela, grande, bonita e cheirosa. Era um panelão cheio de... Canja!!!
_Vocês não pediram a Canja? Então? Tái!!
Foi a melhor canja da qual eu participei na vida!
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
A Senhora do Lago
Observo o lago
E seu reflexo
procurando ser
somente seu espelho
e nada mais
Anseio respirar da montanha
apenas sua imagem
sua textura
quietude, majestade
seu límpido silêncio,
Tento, no frio da manhã,
fincar os pés na terra
Como quem se socorre,
Da lembrança selvagem
Dos rigores do vento
E nada mais
Nos sonhos
abro rota de fuga.
para me defender dos ataques
centrar meu espírito
esconder-me no vidro
e reunir minhas palavras
que foram esquecidas
à beira do caminho.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Diretio
Sentença judicial datada de 1833>> Histórias do nosso Brasil>> Sentença condenatória de Sergipe, de 1833, que condenou o cabra à capadura>> Eis o texto na íntegra...
O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará. Elle não conseguiu matrimonio porque ella gritou e veio em amparo della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante.Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.
CONSIDERO:
QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ella e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer; conxambranas com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;QUE Manoel Duda é um sujetio perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.
CONDENO o cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE. A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. Nomeio carrasco o carcereiro. Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.>> Manoel Fernandes dos Santos, Juiz de Direito da Vila de Porto da Folha (Sergipe), 15 de outubro de 1833.
Tesura Fruko y Sus Tesos
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Vai lá Boba
apresenta
Sexta feira no Alimentar
Atrás da Catedral
no centro da cidade
A Fantástica Banda Invisível
18h
SÁBADO (20/09) - NO MEZCLA
22 H
PAMPAS GERAIS
(MPB MINEIRA E GAÚCHA)
Encontro entre a MPB gaúcha e mineira reunindo clássicos dos dois estados, autorais e textos literários. Músicas de Kleiton e Kledir, Milton Nascimento, Almôndegas, Lô Borges, Vitor Ramil, 14 Bis, Engenheiros do Hawai, Adriana Calcanhoto, Tianastácia, Wander Wildner, Godofredo Guedes e Júpiter Maçã. O grupo transita entre um amplo leque de ritmos e estilos (milonga, calango, rock, tango, bolero, samba, pop).
Fobia
Ele me disse que era um pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, por ter trabalhado muitos anos em resgates de pessoas ameaçadas por vulcões.
Disse que era viciado em Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol e também gostava de tomar remédios que continham Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona
ou tetrabrometacresolsulfonoftaleína por causa das dores de cabeça
e, de tanto tomar dimetilaminofenildimetilpirazolona acabou contraindo uma Hipopotomonstrosesquipedaliofobia que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas.
Cruzes
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Anos 70
Eminência Parda e Juçara, pouco antes do turbilhão
Eminência in rock
Velotrol, note que o vocalista também tem uma guitarra
Maria Rock
Os anos setenta estiveram presentes em Ibiti. Pelo menos no repertório das três bandas que se apresentaram.
É incrível como essa época é parte do nosso dia-a-dia e como achamos velho um videoclip da década de oitenta, com aqueles penteados, topetes, sintetizadores de baixa qualidade, baterias eletrônicas jurássicas e estética de videoclip-historinha.
NOs oitenta, havia um quê de pretensa modernidade em tudo. Como se o futuro houvesse chegado. Tecnologicamente, os amplificadores de guitarra haviam trocado as válvulas pelo transistor. E os pedais (equipamento de guitarra) de efeito individuais analógicos eram substituídos por pedaleiras com trocentos efeitos numa unidade digital.
O som caiu de qualidade, já que era uma tecnologia incipiente, mas era moderno prá época.
Hoje vemos um som, visual e estética anos setenta e achamos supimpa. Led Zeppelin, Tim Maia Racional, psicodelia, riponguices são parte do dia-a-dia das festas roquenrol. Influenciam até mesmo as raves.
E os guitarristas gastam uma grana tentando comprar amplificadores valvulados e caras reedições de antigos pedais analógicos, construídos originalmente nos anos... um doce para quem acertar.
O visual do público em geral e da Garota Presley Chimboquinha e de sua trupe, que invadiram o Bar do Firma (outro reduto 70), num intervalo daquela noite fatídica do rock na serra, estão com os setenta e não abrem.
Não quero detonar os oitenta. Eu vim de lá. Era adolescente quando a Legião tinha seu primeiro disco executado em Rádios AM e amo até hoje. O que estou querendo dizer é de um estranhamento estético em timbres e roupas da época. Uma das vantagens dos oitenta em relação aos nossos tempos é que os poetas do rock estavam em voga.
Quim Barreiros
Depois do Kiss ter copiado a maquiagem do Secos e Molhados e do Rod Stewart ter plagiado uma música do Jorge Ben, o Quim Barreiros parece ter sido copiado pelos Red Hot Chilli Peppers que também gostavam de se apresentar sem roupas. Esse disco "Recebi um Convite (à Casa da Joaquina)" pode ter sido um clássico da sanfona, mas não posso confirmar já que me é desconhecido.
No entanto, dá para ver que a capa é bastante expressiva já que passa a mensagem que ele iria tocar na casa da Joaquina com claras intensões digamos explícitas.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ibitipoca Rock!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Em breve
Dessas noites enlouquecidas, que passam na velocidade da luz.
Três bandas legais, mais de quinhentas pessoas, sem nenhum incidente, só festa e muita gente bonita.
Em breve fotos aqui (né Bareta?)
Grandes Discos
Luto
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Músicas para...
Isso não é brincadeira, o nome desse disco é "Música para Orgias". É de dar comichão a curiosidade que tenho de ouvir a maluquice do som que deve sair dessa bolacha.
Senhoras e senhores! É isso mesmo! "Música para Orgias". (!!!!)
Esse disco veio de uma série muito vendida que começou com "Músicas para Assassinatos", "Músicas para Banheiro nº 1" e "Músicas para Banheiro nº 2, que variavam nos ritmos de acordo com o propósito pelo qual você entrava no banheiro. Tinha também "Músicas para Homeopatas e psicopatas" (!!!!????) e "Músicas para Sessão de Exorcismos", que parece ter sido o único fracasso nas vendas.
Armadilha
cresce em meus sonhos...
Vedando o sol como flechas persas,
ela agiganta-se nos escombros
da manhã que se tornou escuridão.
Tem o ar das belezas elísias
e traz o corte do abandono
o movimento da madrugada insone
Todas as flores e sombras
de todas as dores que já se foram
O tamanho de uma menina,
que salga meus olhos cansados,
se disfarça no meio das ondas
cresce no silêncio da bruma
e faz dessa armadilha
meu canto
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Prova Oral
A banda Eminência Parda vai se apresentar ao lado das bandas Maria Rock e Velotrol. A noite, de lua cheia, promete. Ainda mais num lugar chamado Ibitilua, bem no meio do arraial e com um local ótimo para platéias, ou seja, mais alto que o palco. Todo mundo consegue ver e se divertir.
O Prova Oral era um reduto maluco beleza na Juiz de Fora dos anos noventa. Foi lá que a Eminência mostrou mais ostensivamente sua mistura de rock e MPB, coisa pouco utilizada na época em JF, e que depois se espalhou no meio artístico.
As noites eram alucinantes e ainda começavam bem mais cedo. Quer dizer, a balada era esportiva! Tinha que ter porte físico...às vezes a festa começava na sexta cultural da Faculdade de Comunicação, por volta das cinco da tarde e emendava lá - doze horas na luta!
Havia noites em que a lotação se esgotava com cento e poucas pessoas e o bar, que não tinha lá muita estrutura de engenharia, literalmente balançava sobre a estrutura de madeira.
Nada como viver perigosamente
Prova Oral 2
Mas algo dela ficava ainda...era aquele perfume de cachorro grande que não toma banho... tem gente que chama de murrinha, mas esse nome é muito feio.
Numa dessas noites, o som fluindo, o rock rolando, havia um cara que realmente estava curtindo o som. No intervalo, ele veio:
Então tá bão, o importante é ter saúde.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Ego
Vídeo interessante.
Acho difícil para todos nós, depois de grande passo evolutivo em que o ego foi criado - quando centramos nossa individualidade macacônica - darmos o segundo passo e trancendermos nossa visão unilateral e egocêntrica, em prol do outro, do próximo ou mesmo de nossa coletividade, numa sociedade igualitária, fraterna e libertária.
A maioria das religiões e algumas ideologias políticas apontam para essa necessidade. Sairmos do ego ismo e vencermos essa etapa evolutiva começando por nos entender, como indivíduos integrados, em direção à compaixão, nos colocando no lugar do "outro" e procurando entendê-lo, antes de condená-lo. Difícil né?
Mas essa luta é necessária e diz respeito à nossa inteligência e nosso coração.
Politicamente é possível fazer isso
Religiosamente é possível fazer isso
Um monge tibetano isolado em seu mosteiro já faz isso.
É preciso que façamos mais.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Menor Bolado
Eram 10h da manhã do domingo passado, quando uma dupla que canta ao som de um teclado, com aquelas baterias eletrônicas no fundo, começou a cantoria.
Nesse dia em especial, eu havia chegado bem tarde no sábado. Digamos que o sol já brilhava, quando fui deitar. Digamos também que aquela música sertaneja, tocada com execução um tanto suspeita, parecia estar dentro do meu quarto e o meu acordar não foi lá uma experiência das mais gratificantes.
Só me restou aceitar a realidade. Aliás, certas realidades só servem para isso mesmo, servirem de teste para sua paciência e desapego. Mas eis que, no meio da tarde, um intervalinho se fez e nossos heróis colocaram uma música de fundo quase tão alta quanto:
"Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração.
Enfim, o mundo ainda tem jeito
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Canto de Guerra
que se arrastam sem você
Eu planto
no solo calcinado do meu coração
As flores vermelhas da resistência
O canto de guerra,
Que antes nunca imaginei
Ressoa
no pranto isolado de cada manhã
anuncia sem trégua a batalha intensa.
Às vezes tudo paralisa
O tempo escorre mais uma vez
Mas o fogo fátuo
Que segue ardendo meu chão
Não dá descanso para me retirar da tua ausência
domingo, 7 de setembro de 2008
Fótons
Aquela pessoa que se foi está em algum lugar no tempo. Se pudéssemos caminhar sobre ele. Iríamos até ela e talvez fizéssemos diferente, consertando erros, corrigindo rotas, numa nova chance. Tentaríamos utilizar o que alguns cientistas chamam de caminho alternativo e escolher talvez melhores felicidades.
No entanto essa possibilidade nos é vedada. Caminhamos para frente e a única forma de consertar as coisas é talvez começar de novo. Um novo início.
Aí é que entra a tal da fotografia. Ela é uma tentativa ainda que débil e ilusória de congelar o momento, o segundo. Paralisar aquela energia. Fixar o que não é fixável. Prender o que não se pode.