Você coloca um pão em cima da mesa e ele inexplicavelmente some. Morei numa república aqui em JF, no Jardim Glória, coincidentemente atrás dá casa do Celão (baterista da banda Eminência Parda) e eu nem conhecia o pessoal, apenas tinha visto o Edinho na Faculdade de Comunicação. Deus sabe quantas vezes ouvi "Conheça o Brasil Antes que Ele Acabe"...e olha que só ouvia baixo e batera...
Nesse apartamento tinha de tudo. Um piromaníaco que hoje é um respeitado médico em Belo Horizonte. Um maluco que hoje é um conceituado psiquiatra (!!!!) em Minas Gerais - não vou falar a cidade se não vai dar muito na vista - entre outros doidos, incluindo eu é claro.
O tal piromaníaco ficava estudando com um isqueiro na mão, ateando e apagando pequenos incêndios em cima da mesa. Há fatos impublicáveis, mas uma dá para contar:
Uma bela madrugada, estudávamos em volta da mesa, cada um com sua carinha de maluquinho viciado em cafeína. O futuro psiquiatra levanta e diz: "A mesa está uma porqueira, tira tudo e vamos limpar!"
Dito e feito, tiramos tudo, ele passou uns panos e jogou álcool sobre o móvel, na intenção de uma desinfetada. Fez uma poça.
Nisso os olhos do futuro médico e candidato a incendiário brilharam insandecidamente. Não titubeou, riscou um fósforo e a labareda alcançou o teto!!
Por muito pouco o Brasil não perdeu alguns profissionais, inclusive este que vos escreve.
A foto aí embaixo é uma novíssima invenção para as pessoas que moram em repúblicas e não têm como segurar a comilança dos companheiros.
O tal piromaníaco costumava passar o pão nas partes íntimas para evitar que fosse surrupiado. Para as pessoas um pouco menos radicais, basta colocar o sanduba no saquinho e ele vai parecer mofado
Viu como é fácil
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