Na madrugada
ando a esmo
nas trilhas sem cor
no fim da noite
dissolvendo as dores
raspando o concreto que secou
e fechou a muralha sem castelo
Em meio à floresta
sem meu segredo
pelas vilas em neblina
úmidas de flores
e casas antigas
sei que meus passos me livram
das navalhas de meu desejo
Termino a prece
pelas vilas em neblina
úmidas de flores
e casas antigas
sei que meus passos me livram
das navalhas de meu desejo
Termino a prece
subo a montanha
em ávida surdina...
lá espero pelo tempo
eternidades andinas
em ávida surdina...
lá espero pelo tempo
eternidades andinas
fluindo outro plano
bem do outro lado do espelho
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